Estudo alerta para redução de chuvas no Maranhão no final de 2023 por conta do fenômeno El Niño

Especialistas atribuem o calor excepcional ao El Niño, aquecendo o oceano Pacífico e impactando nas chuvas e temperaturas em diferentes partes do Brasil.

Distribuição espacial climatológica da chuva nos meses de outubro (a), novembro (b) e dezembro (c) no Maranhão. Fonte: Climatologia INMET- 1981 a 2010. Elaboração: LABMET/NUGEO/UEMA

De acordo com um estudo feito pelo Núcleo Geoambiental da Uema (Nugeo), as últimas semanas do ano vão se destacar pelas altas temperaturas em todo o Brasil, especialmente no nordeste, com termômetros acima de 24ºC. Segundo o núcleo, por conta da distribuição desigual de chuvas, marcará este período com variações significativas entre o norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil. 

O meteorologista Hallan Cerqueira, alerta para o déficit no sul do Maranhão – Estado que faz parte da Amazônia Legal – devido ao El Niño, prejudicando a agricultura.

“Já estamos com um déficit significativo no sul do Maranhão por conta do fenômeno de El Niño, onde, por exemplo, a agricultura já está sendo prejudicada, porque geralmente é nessa época do ano que os agricultores começam os primeiros plantios e as chuvas estão abaixo da média normal, justamente em função do El Niño”,

explica o meteorologista.

Especialistas atribuem o calor excepcional ao fenômeno El Niño, aquecendo o oceano Pacífico e impactando nas chuvas e temperaturas em diferentes partes do Brasil. Quanto a previsão de retorno a normalidade do período chuvoso, não há projeções claras, tornando desafiadora qualquer previsão precisa devido às influências do El Niño.

O Núcleo Geoambiental da Uema (Nugeo) é o único centro formador de recursos humanos, gerador e disseminador de informações e conhecimentos técnico científicos de geoprocessamento, meteorologia e recursos hídricos do Maranhão. 

Leia também: Retorno de El Niño é anunciado no Brasil e pode durar até dois anos

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