Estados da Região Norte registram maior número de mortes de crianças indígenas de até 4 anos

Relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) é baseado nos dados fornecidos pela Secretaria Especial de Saúde Indígena.

O último relatório divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mostra que os Estados da Região Norte, devido à sua população indígena, registraram maior número de mortes de crianças indígenas entre 0 e 4 anos em 2022. Os Estados que registraram o maior número de óbitos nessa faixa etária foram Amazonas (233), Mato Grosso (133) e Roraima (128).

No período de 2019 a 2022, os mesmos três Estados, na mesma ordem, também foram os com maior número de registros: 1.014, 487 e 607 óbitos, respectivamente. Juntos, os três somam 59,3% do total de mortes registradas nestes quatro anos.

Arte: Divulgação/Cimi

Em seguida, aparece Pará, com 269 mortes e o Acre com 235. Em todo o país, foram registrados 3.352 óbitos nessa faixa etária nos últimos quatro anos.

“Com base nas causas de óbitos informadas pela Sesai, foram identificadas pelo menos 356 mortes de recém-nascidos e de crianças com até 4 anos de idade que morreram por causas evitáveis. Isto é, que poderiam ter sido controladas por meio de ações de atenção à saúde, imunização, diagnóstico e tratamento adequado. A análise foi feita com base na lista de óbitos por causas evitáveis – 0 a 4 anos, disponibilizada pelo Ministério da Saúde”,

destaca o relatório.

Os dados mostram ainda as mortes por desassistência à saúde. Em todo o país, foram 76 mortes de indígenas por falta de assistência à saúde. Com relação a suicídios de indígenas, no ano passado o Estado acreano, por exemplo, não registrou nenhum caso, porém, registra nove casos nos últimos quatro anos.

Desde 1972, o Cimi, em parceria com a CNBB, atua na promoção da diversidade étnico-cultural e dos direitos dos indígenas. O Conselho, com sede em Brasília, conta com 11 regionais espalhadas pelo país e atua junto a mais de 180 povos originários em todos os 26 Estados. 

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